Após 23 anos, não ví nada sobre o Muro de Berlim, mas… a culpa é nossa!

Esta semana completou 23 anos da queda do muro de Berlim.

Em 09 de Novembro de 1989 chegou ao fim o que talvez seja o maior conflito da história recente da humanidade, a Guerra Fria. O principal símbolo desta “guerra silenciosa” era o Muro de Berlim.

Ele representava fisicamente a fronteira do comunismo e do capitalismo. Dividia a então RDA (República Democrática Alemã) Comunista, sim, a República Democrática Alemã era o lado Comunista do país, da Alemanha Ocidental, então Capitalista.

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Famílias foram separadas, algumas até para sempre, pelo muro construído pelo governo da RDA, ou Alemanha Oriental, para que seus moradores não tivessem chance de “fugir” para o outro lado, para a Alemanha Ocidental.

Segundo o jornalista Michael Meyer em seu livro “1989 o ano que mudou o mundo” da editora Zahar, a queda do muro foi uma união de coincidências e não um movimento organizado para que isso acontecesse. Mas de qualquer modo, este acaso, encerrou um dos períodos mais tristes e sangrentos, isto mesmo, sangrento, da história contemporânea.

Durante a Guerra Fria, tivemos a Guerra da Coréia que encerrou a vida de mais de 32.000 soldados americanos e aproximadamente 3.000.000 (três milhões) de civis coreanos. A guerra do Vietnã matou 58.000 soldados e, estima-se que, 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) vietnamitas foram mortos durante os 7 anos de guerra. Na guerra civil Angolana, que durou 27 anos, acredita-se que em torno de meio milhão de pessoas perderam a vida.

Estes números já são assustadores, mas eles parecem pequenos se comparados aos 30.000.000 (trinta milhões) de chineses mortos na Revolução Cultural de Mao, ou os outros também 30.000.000 (trinta milhões) que pereceram nas guerras e expurgos de Stálin.

A queda do muro representou o fim das barreiras comerciais e econômicas que eram impostas, principalmente pelos Estados Unidos, aos países comunistas, com destaque para a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).

Mas qual é o motivo de a mídia não dar destaque digno a este fato tão importante para a história do mundo?

Por que os grandes veículos de comunicação não fazem matérias especiais sobre este fato, assim como fazem TODOS OS ANOS do 11 de setembro?

Será que o 11 de setembro representa para o mundo, mais do que o fim da Guerra Fria?

Ao contrário do que você está pensando, A CULPA NÃO É DA MÍDIA que é “vendida aos Yankkes”.

A culpa é de todos nós que nos importamos, algumas vezes até mais, com os Estados Unidos do que com o Brasil.

A culpa é de todos nós que insistimos, anualmente, em recordar o que fazíamos em 11 de Setembro de 2001.

A culpa é de nós, brasileiros, que não nos importamos com a reconstrução da região serrana do Rio de Janeiro e sim com a reconstrução de Nova Iorque afetada pelo furacão Sandy.

A culpa é nossa por preferirmos ir ao cinema assistir as explosões Hollywoodianas para salvar a “bandeira da América” ao invés de “nos esforçarmos” a assistir algo que nos leve à alguma reflexão.

Infelizmente, A CULPA É NOSSA.

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